2019: O Ano de novidades da Imunoterapia

2019: O Ano de novidades da Imunoterapia

Em maio, fomos positivamente surpreendidos com a boa notícia da aprovação de imunoterapia pela ANVISA para o tratamento do câncer de mama. Há alguns meses o FDA, órgão que regulamenta os medicamentos nos EUA, já havia aprovado por lá. No entanto, o Brasil ainda precisava da autorização da ANVISA. E ela finalmente saiu!

Quem acompanha meu trabalho sabe da importância e do quanto eu acredito na imunoterapia como uma importante alternativa para o tratamento do câncer. Nesse caso específico estamos falando de um novo fármaco que se mostrou eficaz contra o câncer de mama metastático triplo negativo, que expressa PD-L1. O fármaco da vez é o Atezolizumabe.

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É importante destacar que esse tratamento não é indicado para todos os casos. Cerca de 15% dos pacientes diagnosticadas com câncer de mama são triplo negativo.  Desse número, estimamos que cerca de 40% possam ser beneficiados com a combinação. Esse número refere-se a pacientes que estão enquadrados no tipo para o qual essa imunoterapia se mostrou eficaz. A aprovação foi baseada no estudo Impassion 130, apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), em outubro do ano passado. Posteriormente, foi então publicado na revista científica The New England Journal of Medicine em novembro.

E por que isso é importante? Porque é através da pesquisa científica e de diversos estudos que estão ocorrendo no mundo todo. Dessa forma, estamos conseguindo avançar passo a passo em busca de novos tratamentos eficazes conta o câncer.

Imunoterapia para Câncer de Pulmão: Novidades recentes da ASCO 2019

A ASCO 2019 trouxe importantes atualizações, incluindo o  tratamento do câncer de pulmão. Na sessão oral do tema foram apresentados dois estudos avaliando o uso de imunoterapia na neoadjuvância (quimioterapia antes de operar) com excelentes resultados. Cerca de 20% dos pacientes apresentou resposta patológica major (menos de 10% de células tumorais viáveis) em ambos estudos. Embora promissor, este tratamento ainda não pode ser usado na prática clínica. Os estudos são iniciais, mas os resultados têm sido animadores! Se tiver dúvidas sobre esse e outros temas, deixe nos comentários!