Novembro Vermelho: câncer de boca tem maior incidência na população masculina

Além do Novembro Azul, o penúltimo mês do ano também é destinado aos cuidados com o câncer de boca – ou cavidade oral –, que tem como campanha o Novembro Vermelho. E você sabia que este tipo de câncer tem maior incidência na população masculina?

Homens a partir dos 40 anos que têm hábitos de fumar e consumir bebidas alcoólicas contam com maior predisposição para a doença, com células tumorais sendo desenvolvidas nas regiões dos lábios, gengivas, bochechas, céu e bordas da boca e embaixo da língua.

Câncer de boca: semana nacional de prevenção em novembro

De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), 225 mil homens são diagnosticados com câncer por ano no país. Dentre os cinco cânceres mais recorrentes encontra-se o de boca, juntamente com o de próstata, colorretal, pulmão e estômago – excluindo dessa lista o de pele, que é o mais comum em ambos os sexos.

Sobre o Novembro Vermelho, a Lei Nº 13.230, de 28 de dezembro de 2015 decretou que:

Art. 1º Fica instituída a semana nacional de prevenção do câncer bucal, que será celebrada anualmente na primeira semana de novembro.

Art. 2º Os objetivos da semana nacional de prevenção do câncer bucal são:

I – estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas ao câncer bucal;

II – promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal;

III – apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle do câncer bucal;

IV – difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.

O diagnóstico precoce do câncer de boca é o principal fator para a cura, que nesse cenário pode chegar a 95%. Apresentando sintomas como dificuldade de mover a língua ou dor, as chances de cura caem para 45%.

Mais sintomas da doença

Inicialmente, o câncer de boca não apresenta sintomas. Em 2022, segundo o INCA, houve 15.100 casos no Brasil – 10.900 homens e 4.200 mulheres. Os primeiros sinais da doença podem ser:

• Rouquidão persistente;
• Nódulos no pescoço;
• Manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;
• Feridas na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo.

 Nos casos mais avançados observam-se:

• Dificuldade de mastigação e de engolir;
• Dificuldade na fala;
• Sensação de que há algo preso na garganta;
• Dificuldade para movimentar a língua.

(fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA)

Fatores de risco

Além do tabagismo (quanto maior o número de cigarros fumados, maior a chance do desenvolvimento do câncer de boca) bem como o etilismo, o excesso de gordura corporal, a exposição ao sol sem proteção (câncer de lábios) e infecção por vírus HPV (câncer de orofaringe) também estão associados à doença.

Tratamento e prevenção

O tratamento cirúrgico é geralmente o caminho para o tratamento, tanto para lesões menores quanto maiores. Dessa forma, a área afetada pelo tumor é retirada, com os casos mais complexos sendo necessárias a radioterapia e quimioterapia na sequência para complemento e resultado mais curativo.

Quanto à prevenção, mantenha, por exemplo, uma boa higiene bucal, use preservativo na prática de sexo oral, mantenha uma alimentação balanceada e rica em verduras, legumes e frutas, e evite fumar e consumir bebidas alcóolicas. Então, veja que há muitos fatores externos, isso quer dizer que podemos prevenir a doença.

Portanto, fique atento a mudanças e aspectos da região e se previna do câncer de boca. Mantenha suas consultas de rotina com o dentista e caso precise de avaliação oncológica, agende-a com hora marcada.