O câncer de boca é um tumor maligno e na maioria dos seus casos é diagnosticado quando a doença já está em estágio avançado. Confira neste post como é o tratamento e os principais sintomas da doença
Um dos tipos de câncer mais comum é o de boca. Em 2022, por exemplo, 15.100 brasileiros foram diagnosticados com a doença, segundo levantamento do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Destes, 10.900 foram homens e 4.200, mulheres.
O câncer de boca geralmente acomete mais o sexo masculino com idade acima dos 40 anos – é o quinto entre os homens e o 13º na lista entre as mulheres. Assim como qualquer outro, sua identificação precoce é fundamental para a procedência do tratamento – nesse cenário, dados apontam que a possibilidade de cura é em torno de 80%.
Neste mês há o projeto Maio Vermelho, que tem como objetivo realizar ações com o intuito de conscientizar a população sobre o câncer de boca.
Existem alguns principais sinais que devem ser observados. Lembre-se: em caso de anormalidades, procure por um especialista. Atente-se, portanto:
*Fonte dos sintomas – site do Inca
O câncer de boca pode afetar todas as estruturas da cavidade oral – como lábios, gengivas, bochechas e língua – e sua manifestação é por meio do surgimento de aftas, feridas e tumores.
Tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer – eleva em 10 vezes as chances. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior a probabilidade da doença.
Consumo de álcool, excesso de gordura corporal, exposição ao sol sem proteção adequada, infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano), drogas imunossupressoras (que evitam rejeição de um transplante) e falta de higiene bucal são outros pontos que devem ser mencionados.
Portanto, ter hábitos saudáveis é primordial para a prevenção do câncer, assim como outros tipos de doença. Além disso, frequentar o dentista com regularidade favorece o diagnóstico precoce, pois é possível verificar lesões suspeitas.
A confirmação do câncer é por biópsia – normalmente de forma ambulatorial e com anestesia local –, mas o seu diagnóstico pode ser com o exame clínico.
Geralmente, o tratamento pra a doença é com cirurgia e/ou radioterapia – os métodos são de forma conjunta ou única. Exames de imagem auxiliam na avaliação da extensão do tumor.
Carcinoma verrucoso: seu aspecto inicial remete-se a uma verruga e costuma aparecer em locais de irritação crônica e inflamação. Corresponde, em média, a 5% dos tumores de boca. É necessária a sua remoção, pois pode se espalhar para tecidos vizinhos. Tem baixa agressividade e é rara a produção de metástase.
Carcinoma de células escamosas (CEC): é responsável por 95% das lesões malignas na região. Em seu estágio inicial, pode apresentar aspectos diversos – lesão leucoplásica, eritroplástica, leucoeritroplasia, ou úlceras que frequentemente não cicatrizam.
Carcinoma adenóide cístico (CAC): seu crescimento é lento e tem alto potencial de desenvolvimento de metástase.
Carcinoma mucoepidermóide: é o tumor maligno de glândula salivar mais encontrado na cavidade bucal.
Linfomas: conta com baixo índice de suspeita clínica, aproximadamente 2% dos casos de linfoma não-Hodgkin (LNH). Acomete, geralmente, o vestíbulo oral palato duro posterior e gengiva.
A melhor forma de prevenção do câncer de boca é ter hábitos saudáveis e evitar os seus principais fatores de risco. Em quaisquer sinais relacionados à doença, procure ajuda de um especialista.