Câncer de pulmão: Tipo de câncer é um dos que mais mata no Brasil e sua incidência é a quinta no geral, atrás do câncer de pele não melanoma, de mama feminina, próstata e cólon e reto
A associação entre câncer de pulmão e tabagismo é quase que automática – estima-se que a relação é responsável por até 90% dos casos. Mas esse não é o único fator de risco para a doença. Você sabe quais são os sintomas? Como é o tratamento? Como se prevenir? Essas perguntas terão suas respostas ao longo deste artigo. Continue a leitura para saber mais sobre o tema.
Primeiramente, é importante dizer que existem dois tipos de cânceres de pulmão, com um sendo mais reincidente que o outro:
Em 2022, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), houve 32.560 diagnósticos de câncer de pulmão no Brasil – 18.020 homens e 14.540 mulheres.
Como já mencionado, o tabagismo é a principal causa para o desenvolvimento para o câncer de pulmão, tanto que o índice de ocorrência e mortalidade entre os fumantes é 15 vezes maior com relação aos indivíduos não fumantes. Para quem é ex-fumante esse número em relação ao não adeptos é de quatro vezes maior. Vale destacar que a maioria dos casos acomete pessoas entre 50 e 70 anos.
Outros fatores como: histórico familiar, fatores genéticos, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), exposição à poluição do ar, exposição a agentes químicos e físicos (como urânio, radônio, asbesto, entre outro) e infecções pulmonares/respiratórias de repetição são agentes de destaque para o desenvolvimento da doença.
O câncer de pulmão, em sua maioria, não apresenta sintomas em seu estágio inicial, mas alguns sinais podem aparecer, tais como:
Tais sintomas não são exclusivos do câncer de pulmão. Inclusive, em sua maioria, não tem relação com a doença. Entretanto, é sempre importante fazer a investigação do problema com um médico especialista. Até porque a detecção precoce, se for o caso, possibilita maiores chances de sucesso do tratamento.
Exames clínicos, laboratoriais, radiológicos e endoscópicos são para a detecção precoce do câncer de pulmão em pessoas com sintomas ou até mesmo sem (rastreamento), mas que são pertencentes a grupos com maiores probabilidades de a doença se desenvolver.
Caso aconteça a confirmação, o paciente precisa fazer exames complementares – como o PET-SCAN (é capaz de detectar tumores em qualquer região do corpo), ressonância de crânio, biópsia pulmonar guiada por exame de imagem e broncoscopia flexível.
Para confirmar a extensão do câncer – se há restrição apenas ao pulmão ou foi disseminada para outros órgãos – há diversos exames que podem ser feitos: tomografia de tórax, mediastinoscopia, PET-CT, ressonância nuclear magnética do crânio, ecobroncoscopia, cintilografia óssea,, entre outros. Posteriormente há a discussão multidisciplinar sobre se o paciente está apto a operar ou iniciar o tratamento sistêmico com quimioterapia.
Hábitos saudáveis são determinantes para diminuir os riscos de qualquer doença. Não fume, pratique atividades físicas, mantenha o peso corporal adequado, tenha uma boa alimentação, evite o tabagismo passivo e a exposição a agentes químicos, como arsênico, urânio, níquel, radônio, berílio, por exemplo, dentre outros.
Um grupo multidisciplinar – oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, radio-oncologista, radiologista intervencionista, médico nuclear, enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social – é formado para dar início ao tratamento.
O diagnóstico histológico (análise de pequenos fragmentos de tecidos feito por um especialista em qualquer órgão para confirmar hipóteses diagnósticas) e o estadiamento são feitos para concluir em qual grau está o câncer – se a sua localização é somente no pulmão ou também em outros órgãos.
Sobre a cirurgia – o câncer está em estágio inicial da doença e com ou sem linfonodo (gânglio) –, retira-se o tumor (segmentectomia e ressecção em cunha; lobectomia e pneumectomia). É a melhor opção para controlar a doença, mas apenas 15% dos casos são passíveis de serem cirúrgicos.
Há também o tratamento sistêmico, que é aquele com medicamentos via oral ou venosa que atingem a corrente sanguínea. Acontece em casos como:
(fonte: Inca)
Há ainda a terapia-alvo, que é para pacientes cujo tumor conta certas características moleculares (genéticas); a imunoterapia, que visa combater o avanço do câncer pela ativação do próprio sistema imunológico e pode ser em conjunto juntamente com a quimioterapia; a radioterapia que se utiliza de radiações ionizantes para destruir as células do tumor ou impedi-las de se multiplicar; e cuidados paliativos, que tem o intuito de promover qualidade de vida para o paciente diagnosticado com doença metastática – aspectos sociais e psicológicos também são levados em consideração.
Portanto, atente-se aos cuidados com o câncer de pulmão. A doença está crescendo entre, até mesmo, pessoas que nunca fumaram e nunca tiveram contato direto com fumantes. Procure por um médico especialista e mantenha a sua saúde em dia!