Muitas vezes, de forma errônea, as pessoas costumam classificar a quimioterapia vermelha como mais forte do que a branca com relação aos efeitos colaterais e a sua intensidade. Quais são as diferenças entre elas, afinal? Em quais casos usar cada uma delas?
O primeiro passo para entendermos cada uma delas é sabermos o que é quimioterapia. Saber responder a essa pergunta é fundamental para compreender um tratamento de câncer, pois ela é administrada em quase toda a totalidade de diagnósticos da doença.
Definida como um tratamento sistêmico – que chega a todas as células –, a quimioterapia é utilizada para destruir as células doentes. Ela pode ser indicada para a maioria dos cânceres e quem vai decidir por usá-la ou não é o médico, com base nas características clínicas de cada paciente.
Como pode atingir todas as células, inclusive as não-doentes (não tumorais), o tratamento tem os seus efeitos colaterais: queda dos cabelos, fadiga, febre, flebite, mucosite, anemia, infecções, perda de peso, diarreia, vômito, alterações ungueais, hematomas, alopecia, pele seca e hemorragia são alguns deles.
Questões de idade, doenças associadas, estado nutricional, emocional e de hidratação do paciente, e estadiamento do câncer são alguns dos fatores que podem contribuir para os efeitos colaterais proporcionados pelos remédios da quimioterapia, que podem ser usados de forma isolada ou combinada.
As suas ações são por diversos mecanismos durante o ciclo celular, o que ocasiona a eliminação das células. Vale frisar que mesmo pacientes que tenham o mesmo tipo de câncer podem usar medicamentos diferentes em seus tratamentos. A sua frequência pode variar desde semanal até de quatro em quatro semanas.
A administração da quimioterapia pode ser de diferentes formas:
Além disso, outros tipos de tratamento podem complementar – como por exemplo a radioterapia ou a cirurgia – com as suas classificações sendo:
Com a definição do que é quimioterapia, agora vamos falar sobre vermelha e a branca começando por uma de suas únicas distinções: a primeira se administra exclusivamente de forma endovenosa, enquanto que a segunda pode também ser intramuscular, intratecal e subcutânea.
A vermelha tem esse tom avermelhado por conta da classe dos medicamentos chamada de antraciclinas. A branca é conta com diversos fármacos – como por exemplo taxane, ciclofosfamida, vinorelbina e gencitabina – que não apresentam coloração.
Portanto, uma não é mais ou menos forte que a outra. O que vai determinar essa questão é a dosagem de cada uma, assim como os efeitos colaterais que vão acontecer por conta das características físico-químicas dos componentes.
Como curiosidade, há também outros tipos de quimioterapia com coloração, a exemplo da amarela (metotrexato) e azul (mitoxantrona).
A quimioterapia vermelha é para diversos tipos de câncer, como: o de mama, de bexiga, de estômago, de ovário, e sarcomas. E a quimioterapia branca é para câncer de colo do útero, pulmão e mama, por exemplo. Ambas são opções de forma individual ou conjunta.
Conclusão: a diferença está, portanto, no medicamento para o câncer – princípios ativos de cada fórmula. Os efeitos colaterais e a periodicidade dependem de cada paciente e de cada tratamento.
Em suma, tanto a quimioterapia branca quanto a vermelha são eficazes contra diversos tipos de câncer, com as chances de cura do paciente sendo consideráveis em diversos casos.
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